Ainda me lembro com saudade do interior
Quando se fazia com amor grandes festas em romaria
Eram centenas de carros de bois toldados
Cantando em duetados em uma só melodia
Me lembro sempre do meu tempo de criança
Onde passei a minha infância do pensamento não sai
Até parece que vejo em minha frente
Vou ouvindo constantemente as vozes de mamãe e papai
Vai, vai, boi não para não
Vamos agradecer as graças alcançadas pro sertão.
Hoje me resta uma traia pendurada
Junto a ela acompanhada uma vara de ferrão
Para que vejam a juventude na cidade
A grande simplicidade do sertanejo irmão
Naquela vara tem o nome de uma boiada
Que pra sempre deixei gravada marcando os tempos do sertão
Como lembrança hoje eu tenho comigo
Do carro de boi amigo a triste separação